Às vezes, quando viajo de metro apetece-me gritar:« Calem-se»!
13/03/09
02/03/09
11/11/08
O guardador de memórias
A amiga chega e pergunta: sabem aquela dos mercedes?
Eles acenam que não, a amiga conta, ele ri-se, ela não.
Ele – Então? A anedota até tem piada!
Ela – Não percebi…
Ele – Não percebeste o quê?!
Ela – Essa relação com o novo símbolo!
(Silêncio enquanto ele a olha com verdadeiro espanto)
Ele – Mas foste tu que me explicaste, na Sertã, porque é que as vivendas lá têm tantos bonecos de loiça desses nos jardins…
(Silêncio enquanto ela se olha com verdadeiro espanto)
Ela – Pois é… já percebi. Tshsssss… que cena.
Não pode deixar de se preocupar com aquela lastimosa e evidente manifestação do estado de deterioramento da sua memória…
Depois olhou-o.
Fazia sentido:
A informação, os sentimentos e a experiência partilhada durante oito anos estavam ali à frente dela. Tudo o que nunca disse poder-se-ia perder para sempre, mas daquilo que lhe disse, ele guardou parte que podia agora devolver, segundo a necessidade dela.
Olhou-o de novo com um enorme carinho.
Fez-se sentido.
Eles acenam que não, a amiga conta, ele ri-se, ela não.
Ele – Então? A anedota até tem piada!
Ela – Não percebi…
Ele – Não percebeste o quê?!
Ela – Essa relação com o novo símbolo!
(Silêncio enquanto ele a olha com verdadeiro espanto)
Ele – Mas foste tu que me explicaste, na Sertã, porque é que as vivendas lá têm tantos bonecos de loiça desses nos jardins…
(Silêncio enquanto ela se olha com verdadeiro espanto)
Ela – Pois é… já percebi. Tshsssss… que cena.
Não pode deixar de se preocupar com aquela lastimosa e evidente manifestação do estado de deterioramento da sua memória…
Depois olhou-o.
Fazia sentido:
A informação, os sentimentos e a experiência partilhada durante oito anos estavam ali à frente dela. Tudo o que nunca disse poder-se-ia perder para sempre, mas daquilo que lhe disse, ele guardou parte que podia agora devolver, segundo a necessidade dela.
Olhou-o de novo com um enorme carinho.
Fez-se sentido.
31/10/08
(desalínear)
“Um destes dias, o teu coração alcoolizado ainda pára.
Tu morrerás assim e eu de sede, porque não vou conseguir tirar o teu corpo de cima e mesmo que o faça, o cansaço será demais para me levantar.”
Tu morrerás assim e eu de sede, porque não vou conseguir tirar o teu corpo de cima e mesmo que o faça, o cansaço será demais para me levantar.”
19/10/08
Está na moda
André Adolphe Eugène Disdéri Bonirre, c. 1860
Há fotografias que nunca são mostradas mas um auto-retrato raramente fica guardado. E não fica, porque na sua origem está o Outro. Assim acontece no auto-retrato literário ou pictográfico. Mas por que nos auto-retramos? E o que é a verdade na edição do corpo?
12/10/08
Idiossincrasias
09/10/08
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